A informalidade no mercado de trabalho no Brasil é uma realidade que vem se agravando desde a reforma trabalhista. Segundo o IBGE, metade da força de trabalho no país está no mercado informal. São trabalhadores diversos, inclusive os que hoje prestam serviços por aplicativos, seja como motoristas de Uber, seja como motoboys e outros tipos de atividades.
Para o presidente da Amatra 13, Marcelo Carniato, essa realidade é preocupante, já que muitos desses trabalhadores não têm qualquer tipo de proteção social. “Ainda que não tenham carteira assinada, é preciso pensar em uma forma de garantir um mínimo de direitos sociais a esses trabalhadores. É inconcebível deixá-los à própria sorte, sem qualquer tipo de proteção social, que necessariamente não precisa seguir o modelo clássico de regulação da CLT. Essa é a nossa reflexão para o dia de hoje, o Dia do Trabalhador”, assinalou.
“A Amatra também aproveita a data para homenagear aqueles trabalhadores que, a despeito da quarentena imposta como prevenção ao coronavírus, continuam trabalhando na linha de frente para garantir um mínimo de serviços essenciais à população. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagens e outros funcionários de hospitais, além de motoboys, jornalistas, profissionais da segurança pública, garis e tantos outros”, continuou o presidente da Associação.
Segundo a mais recente pesquisa do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, o Brasil fechou o primeiro trimestre deste ano com 36,8 milhões de trabalhadores informais – aqueles sem carteira, empregadores sem CNPJ, os “conta própria” e trabalhadores familiares auxiliares.
O total de desempregados subiu para 67,3 milhões, batendo novo recorde desde 2012. Segundo os pesquisadores, esse grupo é composto por pessoas que não procuram trabalho, mas que não se enquadram no desalento. Os desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, somaram 4,8 milhões.
G.V.