Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE) divulgada nesta sexta-feira (23) aponta que a juventude brasileira é a principal vítima do desemprego comparado aos outros grupos da população. De acordo com os dados, 64,3% dos jovens entre 14 e 24 anos estão desempregados no Brasil. 22% é o indicador para a população na faixa etária adulta.
Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirmou durante seminário na semana passada que “o desemprego acaba com os sonhos da juventude”. De acordo com a jovem dirigente, a situação do desemprego entre os jovens é calamitosa.
Mesmo um breve recuo nas taxas registrada na pesquisa se comparados às taxas de 2016 não amenizam o impacto dos números. O quadro se agrava se a comparação é feita com dados de 2015: Com esta referência, o desemprego, entre aqueles com idades entre 14 e 17 (jovens aprendizes), subiu 10 pontos. Entre os recém-formados que chegam ao mercado de trabalho (entre 18 e 24 anos) o desemprego subiu 6,5 pontos desde 2015 chegando a 25,9%.
De acordo com Luiza, o movimento sindical deve se aproximar da juventude para mostrar que “a nossa luta é para acabar com essa verdadeira escravidão”. A dirigente afirma que é preciso estar sintonizado com os anseios da juventude.“Apesar de predominar o individualismo na sociedade, sinto na parcela da juventude que trabalha uma vontade de participar e nós precisamos nos antenar para compreender o que querem”.
PNAD aponta para 26,4 milhões de brasileiros desempregados no quatro trimestre de 2017 considerando os que estavam desocupados, subocupados por insuficiência de horas ou integravam a chamada força de trabalho potencial.
Portal Vermelho